quarta-feira, 13 de abril de 2011

Força de Vontade

“Ó espíritos errantes sobre a terra! Ó velas enfunadas sobre os mares!... Vós bem sabeis quanto sois efêmeros... ¬¬__ passageiros que vos absorveis no espaço escuro, ou no escuro esquecimento. E quando __ comediantes do infinito vos obumbrais nos bastidores do abismo, o que resta de vós?” (Castro Alves) Força de Vontade


O firme desejo de possuir uma vontade forte, positiva, é simples.Todavia, aplicar, executar, movimentar essa vontade, e assim, tornar realidade aquele firme desejo, é coisa completamente diferente.


Entendemos por “força de vontade” aquela qualidade que mantém o homem no caminho de seu objetivo, apesar de todas as contingências e obstáculos.


Podemos ainda definir “força de vontade” como a capacidade de estabelecer objetivos e tratar de alcançá-los. A vida está plena de luta interna devido ao antagonismo dos sistemas de tendências, onde a vontade mantém uma delas em sua direção, sem fazer caso de outras solicitações. A vida em conjunto se desenvolve pela resistência contra o solo; o corredor, o atleta, não avança no vazio senão pela resistência contra a superfície da pista; o pássaro fortalece suas asas pela resistência do ar. Essa resistência natural é a “força de vontade”.


O poder que o homem possui de proceder livremente, o que nele luta com o objetivo de progredir e realizar _ eis a vontade. É a força criadora, resumindo no homem, o poder de resistência ao “mal” e a direção para o “bem”.


O ser humano não é, como pensam muitos estudiosos, o simples resultado das forças exteriores ou dos agentes materiais do meio em que evolucionou, mas o produto que reside nele desde a sua origem, e o que o levou a constituir-se e desenvolver-se livremente. Podemos ainda definir a vontade como a faculdade que o homem possui de determinar livremente à prática de atos. A palavra “energia” explica-se pela etimologia; provém de duas palavras gregas que significam literalmente “em atividade”.


Dessas definições deduz-se que a vontade é energia em potencial e que a energia é a vontade em ação. Para educar a vontade e utilizar esta força conscientemente é preciso esforçar-se por alcançar domínio sobre os seus instrumentos de expressão física. Procurar desenvolver a vontade nas linhas da confiança em si mesmo, da segurança, da coragem, dominando os músculos pelos quais as manifestações ou expressões físicas se mostram.


É preciso também aprender a concentrar-se naquilo que deseja, é preciso dominar as emoções e paixões. Guardar-se de ser influenciado por outros e agir sempre conforme os seus desejos. Aprender a moderar, restringir, reprimir os seus estados emocionais.


(Enciclopédia Contemporânea de Psicologia e Relações Humanas)

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