Parada na beira do precipício, Fanin Moidane mantinha seus olhos fechados, deixava o vento soprar em seu rosto e acariciar seu corpo, envolvendo-a, como se assim pudesse levar embora toda a tristeza que habitava seu coração.
Tinha apenas 18 anos, mas carregava em seu peito o fardo de muitas vidas. Longos cabelos negros que contrastavam com sua pele clara, tinha olhos de um castanho triste que almejavam ver o mundo além dos limites daquela propriedade.
Abriu os olhos e fitando o horizonte levantou os braços, como se saudasse a tarde que despedia-se dando lugar à noite que chegava de mansinho. Neste momento sentiu alguém abraçando-a pela cintura, virou-se rapidamente mas nada viu, a sensação sumira, como já havia acontecido várias vezes naquele mesmo local.(...)
(Nuit Engel)
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